terça-feira, 15 de julho de 2008

PARTE 11 - Pupa

Viva o sonho
dos intermináveis utopistas!
Rejubilemo-nos ante a magnificência destes mestres do impossível,
entregando a eles nossa alma quebradiça.
Finquemos este pesar de não poder sonhar,
qual bandeira egocêntrica, sombria e manchada,
nesta terra enlamaçada e permeada por vermes fétidos e pútridos.
É lá que ela pertence.

Sonhemos, à imagem dos Mestres.
O casulo é casa aconchegante e acolhedora.
A pupa de seda áurea é o teto sob qual repousa a jovem larva
que cresce e busca um dia ser algo.
Mas ela não contém um sol.

E o sonho não contém a vida.
E a esquizofrenia é patologia sofrida.
E a loucura é sinal da lágrima retida.

E a despedida...

Um comentário:

Unknown disse...

Orgulho-me de ser um sonhador...
Saio dessa terra enlamaçada e permeada por vermes fétido e pútridos.
Meu casulo apenas uma pessoa além de mim pode entrar
Minha seda, da nós no meu pescoço
Meu sol é a pessoa que a minha pupa invade...

Meu sonho contém a vida.
Minha esquizofrenia é benção concedida.
Minha loucura é sinal do riso perdido.

E a saudação...