quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PARTE 13 - Esquecimento

São Bernardo do Campo, 18 de Dezembro de 2008





Prezado senhor esquecimento,

Venho por meio desta manifestar minha indignação quanto à sua atitude.
É fato que pessoas, por si mesmas, têm a tendência displicente de esquecer-se das coisas. Quem nunca esqueceu, afinal, que tinha de ir ao médico - e só lembrou depois de 30 minutos de a consulta ter começado -, onde guardou as chaves de casa, ou aquele amigo que há muito não vê?
É claro, a sua existência é fato inalienável que, vez ou outra, algo como um suspiro, acontece.
Mas não acha que anda muito presente, não?
Veja bem o senhor... Minha mente ultimamente parece um vácuo de tanta informação que não tem! E os outros também... Como se esquecem!
Por favor, tome uma providência, senhor esquecimento! É inadmissível que tudo se esvaia em um sopro inútil de "O que era mesmo?".
Imagine o senhor que eu esqueci, dia desses, a água fervendo na minha casa para fazer café, enquanto fui à padaria. A água borbulhou, apagou o fogo e minha casa quase que vai pelos ares. Isto é culpa sua, não?
Insisto, tome uma providência imediatamente!


Atenciosamente,
André Santos de...?
Esqueci.

Um comentário:

Unknown disse...

...gostei do texto e tals, bem criativo no que diz respeito à idéia, muito boa a leitura e de fácil compreensão. Também acho muito boa a sua capacidade de usar uma palavra erudita, ao mesmo tempo usando expressões e temas populares, o que torna tais palavras copreensíveis àqueles que desconhecem seu significado.
Mas ainda acho que você deveria trabalhar melhor a idéia dessa carta pois em certos trechos vocÊ não diz absolutamente nada, apenas repete o que já foi dito.
Se você conseguir desenvolver a sua crítica de uma forma mais construtiva, eu acho que seu texto alcançaria uma altíssima qualidade. Embora esteja bom, pode mlehorar.