No lamento da noite, na calada da escuridão,
chora uma criança.
Desprotegida, desgarrada, desengonçada, descriada.
Um rio corre aos seus pés;
ela chora.
Projeta-se sobre ela uma sombra inigualável, um verbo desproporcional à transitividade que lhe cabe.
Ela, assustada, corre por longos caminhos virulentos e descomunalmente imundos,
sempre à beira do Rio.
E ele, o Rio, ri da ridícula infante dos reis regentes.
Reis que não governam, somente regem.
Dissimuladamente, a criança cai no Rio, como que num acidente despreocupado e público.
Unindo-se a ele, a inocente criança navega e navega, procurando uma estrela sem brilho;
uma manchinha no firmamento encapuzado pelo véu negro da noite e da solidão.
Mas ela descobre que, no firmamento, não há mais tal estrela.
Ela congelou.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
PARTE 12 - Profundo Onirismo Turístico (ou A Criança e o Rio)
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Um comentário:
eu sei lá viu =p
vc deve t fumado um e escrito isso xD
eu gostei bastante, tem partes muito profundas e com mensagens mt boas mesmo com as quais eu me identifico bastante^^
acho q nau só eu mas a maioria das pessoas, senão todas, conseguem se identificar um pouco com o texto
gostei bastante
*copião d idéias xD
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